terça-feira, 13 de maio de 2014

Saúde publica

Saúde pública. Tá ai um tema que será discutido hoje, amanhã, e continuará sendo daqui há dez anos. Esse grande e complexo problema, porém está longe de assolar só o Brasil. Infelizmente, encontramos isso no mundo todo. A precariedade, a falta de sensatez deixa milhares de pessoas em fila de espera e quem mais sofre com isso são os idosos, principalmente pela fragilidade, por não terem que os acompanhe nessas filas.
Além disso, os abusivos preços cobrados nos convênios médicos inviabilizam que todos tenham uma saúde digna por um valor justo, digamos assim. Por mais simples que seja um caso, uma consulta normalmente fica entre 50 e 100 reais. Além disso, após a consulta, temos que pagar remédios caríssimos. Outro problema que está diretamente atrelado a questão da saúde, é a política da saúde como muitos políticos em época de eleição dizem que vão fazer e acontece, porém não agem, conforme prometido. A dificuldade para se conseguir marcar uma consulta, ou até mesmo um exame, em muitos postos médicos, é enorme, fazendo com que, um procedimento teoricamente simples, dure meses. Quantos idosos vemos madrugar nas portas dos postos de saúde?
Será que ninguém tem a consciência que uma demora excessiva, poderá vir a causar uma morte no futuro? Infelizmente, isso é
já uma realidade dramática da nossa sociedade. Diariamente é relatado nos programas de televisão o descaso em diversas áreas, inclusive na área de saúde aos idosos.  Casos de morte por falta de atendimento ou eficiência e nas consultas resultam na morte de idosos. É uma realidade triste, porém, presente ainda no cotidiano da sociedade brasileira. Triste fim para aquela população que hoje em dia é a que mais cresce, segundo a pirâmide populacional.
Acredito plenamente que, nada é resolvido da noite para o dia. Porém, se os governantes brasileiros pensassem com mais carinho nas condições sub-humanas, as quais os pacientes se submetem todos os dias nos hospitais do Brasil, talvez teríamos um atendimento melhor, e de qualidade. Ao invés de investirmos bilhões e bilhões de reais, para sediarmos a Copa do Mundo ou as Olimpíadas, deveríamos primeiros investir no que de fato precisamos, que é saúde qualidade. Do que adianta termos um estádio cheio de torcedores na época dos jogos, e depois termos uma fila gigantesca nos hospitais? Inverter as prioridades é mais do que necessário, é preciso, afinal de contas, se pagamos impostos abusivos, o mínimo que deveríamos ter seriam condições de uma boa saúde correto? Por um Brasil melhor, já!

Asilos

Centros de apoio para os idosos são chamados de asilos, ou também de casa de repouso. Nessas unidades os idosos podem chegar por dois meios, por vontade própria, que acontece nos casos de idosos “mais lúcidos”, que visam ter mais “independência”, ou para não querer “dar trabalho” para os familiares, uma vez que o idoso precisa de uma assistência redobrada, e até mesmo para manter contato com outras pessoas da mesma faixa etária, ou por contra vontade/vontade dos familiares, que pode acontecer por uma questão de maior assistência ou por abandono do idoso. Existem dois tipos de asilos, os particulares e os públicos. Os particulares oferecem aos idosos acomodações confortáveis, alimentação adequada, horários de lazer, atividades ocupacionais, atenção com os horários das medicações, assistência por médicos e enfermeiros em tempo integral. Já os asilos públicos são os que na sua grande maioria vivem de doações de terceiros, e de ajuda voluntária de multi profissionais, pessoas que dispõem de algum tempo para ajudar que mais precisa sem “ganhar nada em troca”, no sentido material. Na maioria dos casos de asilos públicos encontramos idosos abandonados por seus respectivos familiares. Essas unidades tem uma carência enorme de certos cuidados fundamentais, como a alimentação, a importância do horário das medicações, as acomodações não são das melhores, entre outros. Algumas entidades governamentais ainda disponibilizam alguma ajuda, como doação de medicações e fraldas, o que ainda assim é muito pouco para a quantidade de idosos nos asilos.

Estatuto do Idoso



Estatuto do idoso, é uma iniciativa do Projeto de lei nº 3.561 de 1997 e de autoria do então deputado federal Paulo Paim,  gerado da organização e mobilização dos aposentados, pensionistas e idosos ligados à Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (COBAP), resultado de uma das maiores conquistas para a população idosa e para a sociedade.
A lei vem implementar a participação de uma parcela significativa do povo brasileiro (os idosos), através das entidades representativas que, por sua vez, seguindo a Lei nº 8842, de 4 de janeiro de 1994, têm por objetivo deliberar sobre políticas públicas, controlar ações de atendimento, além de zelar pelo cumprimento dos direitos do idoso, de acordo com o novo Estatuto (art.7o). É mais um instrumento que a população dessa faixa etária pode recorrer para o exercício da cidadania ,bem como, o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O idoso possui direito à liberdade, à dignidade, à integridade, à educação, à saúde, a um meio ambiente de qualidade, entre outros direitos fundamentais (individuais, sociais, difusos e coletivos), cabendo ao Estado, à Sociedade e à família a responsabilidade pela proteção e garantia desses direitos. Assim, se faz necessário o respeito pelo idoso já que estamos diante de uma sociedade onde o exercício dessa atividade não é por livre e espontânea vontade.



Acesse o estatuto: http://direitodoidoso.braslink.com/05/estatuto.html

Estatuto do Idoso



O Estatuto do Idoso já possui dez anos e é uma grande conquista para quem tem mais de 60 anos. A problemática é que muitos idosos ainda desconhecem vários direitos e benefícios que a lei assegura. Quem conhece, acha que esses direitos podem melhorar a vida de uma pessoa que se encontra na melhor idade.
 De acordo com a lei, os idosos possuem vários benefícios, tais como: desconto de pelo menos 50% nas atividades culturais, de lazer e esportivas, além da gratuidade nos transportes coletivos públicos para os maiores de 65 anos,aposentadoria; prioridade na tramitação dos processos e procedimentos dos atos e diligências judiciais nos quais pessoas acima de 60 anos figurem como intervenientes;  os meios de comunicação também deverão manter espaços ou horários especiais voltados para o público idoso, os currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal deverão prever conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, a fim de contribuir para a eliminação do preconceito. O poder público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos em padrão editorial que facilite a leitura, entre outros.
Contudo, ter conhecimento das leis que assegura o direito de um idoso é uma forma de exercer a cidadania, uma vez que os idosos possuem direitos e deveres como qualquer outra pessoa com idade inferior a 65 anos.




Referencias: http://www.coladaweb.com/sociologia/cidadania-e-o-estatuto-do-idoso;  http://www.proec.ufg.br/revista_ufg/idoso/estat_legal.html 

Visão do idoso em relação a família que o abandonou

O abando em qualquer idade não é fácil e se tratando de idoso é pior. O idoso é um tipo de pessoa que já passou por muitas dificuldades na vida, já deu o sangue para o sustento dos filhos, família e ao chegar no final da sua vida espera um retorno de tantos esforços dedicados a sua família, e muitas vezes não tem. A pessoa que chega na fase idosa fica vulnerável, volta a ser uma criança que requer muitos cuidados, muito amor, carinho, atenção , que precisa de ajuda para se alimentar, para se vestir, para se defender, fica muito dependente da família.
A vida hoje em dia não está fácil, as pessoas vivem correndo contra o tempo e muitas vezes não tem tempo para se dedicar ao idoso. Outras pessoas também não dão a devida importância ao idoso, tratando o mesmo como um objeto de descarte e acaba os abandonando, colocando em asilos, não tem paciência. Os filhos não querem mais cuidar dos idosos, ainda mais quando os mesmos estão doentes, onde requer muito mais cuidado. Os filhos se sentem sobrecarregados. 
Esses tipos de atitudes da família para com o idoso acabam afetando o mesmo psicologicamente, eles enxergam essas atitudes como um abandono, como falta de importância, falta de preocupação. Muitas vezes desenvolvem nos idosos algumas doenças devido a essas situações. As pessoas esquecem que um dia será idoso e acabam esquecendo também que um dia irão ter a ânsia de ser tratados com cuidados e muito amor pelos seus filhos. 

A SOCIEDADE E A INTEGRAÇÃO SOCIAL DO IDOSO

A Sociedade vem desenvolvendo uma mentalidade de inutilidade para o público da terceira idade, valorizando apenas aqueles que são ativos, que trabalham e participam economicamente da sociedade, por isso, acabam afastando os idosos do ambiente social. Quando a questão do mercado de trabalho, há um exclusão e discriminação devido ao pensamento de que o idoso é incapaz de aprender a ter um bom relacionamento com a tecnologia. É importante implantar a consciência nas pessoas a magnitude que o idoso tem devido a sua sabedoria de vida pois, em razão a essa vivência, o idoso tem uma maior experiência de vida. Logo, possuem diversos conhecimentos que um jovem pode não tem por não ter vivenciado certas adversidades na vida. Dessa forma, vale a pena considerar também o fato de que a terceira idade forma uma parcela cada vez maior na sociedade, visto que a expectativa de vida vem crescendo graças aos avanços da medicina. No ambiente doméstico, os familiares de mais idade deve ser integrado como qualquer outro membro, sendo dada toda assistência e afeto necessário. Porém, em virtude da enorme valorização ao tempo e ao dinheiro presente no mundo contemporâneo, a família acaba desamparando os mais velhos por não trabalharem mais e demandarem tempo para cuidados com a saúde devido suas limitações, não contribuindo com as despesas e exigindo um certo tempo para estes cuidados. Portanto, deve ser reconhecido que, assim como as demais classes sociais, todos tem o direito de tratamento digno, com alimentação, saúde, segurança, moradia, educação, trabalho, cidadania e, sobretudo, influência tanto no meio familiar quanto público.

Realidade do Idoso


Estudo documental sobre a violência contra idosos no Estado do Ceará apresentou os seguintes dados (SOUZA, 2007): foram analisadas 424 situações, 284(67%) foi identificado abandono dos idosos. Quanto ao agressor, 207(49%) era filho da vítima. Dentre os casos de violências, 161 (38%) foi negligência, seguido por apropriação indébita de aposentadoria, 114 (27%) agressão verbal 79(19%) e física 68(16%). Em relação à idade, observou-se, a partir dos dados pesquisados, que 138 (37%) denúncias foram de violência contra idosos na faixa etária de 71 a 80 anos.
O abandono, dentre todas as formas de violência, apresenta-se em primeiro lugar, geralmente são os filhos da vitima os principais agressores. Observando os dados apresentados, é possível notar a inexistência de laços afetivos entre seus membros. A família, a instituição que deveria ser a primeira a cuidar e proteger seus idosos. Segundo Souza (2010) a única causa do abandono é a rejeição, causada pela falta de tempo, a correria da vida moderna: Quando chega um determinado momento, o indivíduo vai perdendo seus papéis sociais e o trabalho não o aceita mais. Nessa esfera não é aceito, ele também começa a perder o seu papel no âmbito familiar. O indivíduo passa a ser considerado inútil, um incômodo. Então, vai ser descartado em algum lugar. Na verdade, existe uma série de fatos que podem servir como tentativa de justificativa.
Esse é o retrato da sociedade atual. Diante de toda a modernidade tecnológica, o familiar torne-se secundário, ao ponto de abandonar os próprios pais em abrigos para idosos.O abalo psicológico sofrido pelo idoso devido à rejeição familiar traz consequências graves para este, seja material, seja psicológica, como doenças, sensação de tristeza e diversos outros sentimentos, que acabam por diminuir-lhes os anos de vida, eles têm que se desvencilhar totalmente do mundo em que viviam e de seus laços afetivos e passam a viver em um novo mundo, com pessoas estranhas, costumes diferentes, tendo, consequentemente que se readaptar. Quando essas pessoas são retiradas de seus lares, não estão apenas subtraindo suas moradias, mais estão tirando-lhes também, sua vida, sua liberdade, sua voz, enfim, sua dignidade.

Causas do Abandono dos Idosos


É considerado idoso a pessoa com 60 anos ou mais; essa idade limite está definida na Constituição Brasileira de 1988 e demais leis que orientam os direitos dos idosos.  No Brasil, segundo estatísticas em 2008 a cada grupo de 100 crianças entre 0 e 14 anos existiam 24,7 idosos, em 2050 para cada grupo de 100 crianças de 0 a14 anos haverá 172,7 idosos. Esse envelhecimento da população brasileira, acompanha a uma tendência mundial.
Os motivos do crescimento em progressão geométrica da população está principalmente nos fatos: avanços tecnológicos na área médica favorecendo longevidade das pessoas o controle da natalidade pelos casais, atualmente as famílias tem menos filhos do que antigamente, fazendo diminuir a população jovem, o advento do computador na vida das pessoas, fez com que o acesso as informações sejam mais facilmente disseminadas, inclusive pelas populações de menor poder aquisitivo.  Os direitos dos idosos está material e imaterial protegido por diversos mecanismos legislativo; mesmo assim continuam sendo desrespeitados, discriminados muita vezes pelos próprios familiares, cuidadores e a sociedade.
O direito dos idosos, esta fundamentado na Constituição Federal em seu artigo 230, §§ 1° e 2°, na Lei Orgânica da Assistência Social, (Lei 8.742 de 07.12.1993) Política Nacional do Idoso (Lei 8.842 de 04.01.1994) no Estatuto do Idoso (Lei 10.741 de 01 de outubro de 2003) e no Código Civil de 2002. 
No Estatuto do Idoso, encontram-se os direitos fundamentais da pessoa humana, em condições de igualdade, liberdade e dignidade com os outros. São direitos dos idosos: direito à vida, à saúde, à alimentação, à dignidade, à convivência familiar.      Constituição Federal (CF) traz um artigo que merece ser explicitado: Art. 229. O  ordenamento jurídico, impõe como obrigação dos filhos  ajudar e amparar os pais na velhice, independentemente de laços afetivos.

REINTEGRAÇÃO DO IDOSO NA SOCIEDADE

Um dos principais problemas causados pelo abandono do idoso, talvez o mais prejudicial, é a segregação dessa classe na sociedade. Esse transtorno acaba marginalizando essas pessoas, deixando-os desamparados no âmbito familiar com a convicção de serem "dispensáveis" nesse meio. Contudo, existem métodos de reintegrar esse idoso na sociedade, buscando proporcionar maneiras de interação com o meio social, inclusive há maneiras de reinserir este idoso no mercado de trabalho, dessa forma, é capaz de atenuar as limitações sociais e econômicas do idoso. Para tentar solucionar essas questões, foram criadas instituições, a fim de ajudar a fazer com que o idoso se sinta um cidadão ativo, integrante da sociedade. São oferecidos meios de ocupação para esses idosos: aulas de dança, teatro e outras atividades para estimular a socialização. Além dos idosos abandonados pela família, esses centros buscam ajudar também aqueles que tem transtornos alcoólicos, que optam por morarem nas ruas. Ademais, a Assembléia Legislativa abriu um projeto de reintegração do idoso no mercado de trabalho, o Projeto Recomeçar, criado pelo deputado Ricardo Motta (PMN) com o objetivo de ampliar a oportunidade de emprego ao idoso oferencendo cursos de capacitação, com aulas de inglês e informática. Devido a estes projetos, os idosos estão ganhando seu espaço nos meios sociais mostrando que ainda são capazes de trabalhar, se divertir.

terça-feira, 6 de maio de 2014



Idosos são pessoas que fizeram muito por nossas vidas, hoje são quase esquecidos por todos nós. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população com mais de 60 anos de idade é de 14,5 milhões de brasileiros. Se hoje a terceira idade representa 9% das pessoas no Brasil, estimativas apontam que até 2020 eles serão 12 % da população brasileira. E em 2050 serão 2 bilhões de idosos em todo mundo, sendo que 80% serão oriundos dos países em desenvolvimento. 

O gasto com remédios fazem a pequena aposentadoria, que para muitos é a única fonte de renda, ficar ainda menor. A frágil situação financeira e os casos onde a doença avança em velocidade mais rápida que o lúcido raciocínio fazem desta parcela da população tão dependente de auxílio de terceiros quanto um recém-nascido.

Com papel fundamental na vida de parte destes idosos, os asilos acabam se tornando suas casas, sejam elas abandonadas ou não. Muitos não sabem nem onde estão seus familiares e precisam contar com o auxílio destes abrigos, que trabalham de maneira voluntária para realizar atividades básicas como comer e ir ao banheiro.


Tendo em vista a contribuição dessa população para a sociedade, a sua importância no ciclo familiar de hierarquia, conclui-se que as pessoas necessitam olhar mais para os idosos e perceber que não são “ descartáveis” , eles fazem partes de nossas famílias , precisam de auxílio e não podem ser simplesmente esquecidos em casas , hospitais e asilos. Esse quadro de abandono só irá ser modificado quando as pessoas tomarem consciência e passarem olhar para um idoso não como uma fonte de renda fácil ou um luxo descartável mas sim como parte fundamental para a sua existência