terça-feira, 13 de maio de 2014

Realidade do Idoso


Estudo documental sobre a violência contra idosos no Estado do Ceará apresentou os seguintes dados (SOUZA, 2007): foram analisadas 424 situações, 284(67%) foi identificado abandono dos idosos. Quanto ao agressor, 207(49%) era filho da vítima. Dentre os casos de violências, 161 (38%) foi negligência, seguido por apropriação indébita de aposentadoria, 114 (27%) agressão verbal 79(19%) e física 68(16%). Em relação à idade, observou-se, a partir dos dados pesquisados, que 138 (37%) denúncias foram de violência contra idosos na faixa etária de 71 a 80 anos.
O abandono, dentre todas as formas de violência, apresenta-se em primeiro lugar, geralmente são os filhos da vitima os principais agressores. Observando os dados apresentados, é possível notar a inexistência de laços afetivos entre seus membros. A família, a instituição que deveria ser a primeira a cuidar e proteger seus idosos. Segundo Souza (2010) a única causa do abandono é a rejeição, causada pela falta de tempo, a correria da vida moderna: Quando chega um determinado momento, o indivíduo vai perdendo seus papéis sociais e o trabalho não o aceita mais. Nessa esfera não é aceito, ele também começa a perder o seu papel no âmbito familiar. O indivíduo passa a ser considerado inútil, um incômodo. Então, vai ser descartado em algum lugar. Na verdade, existe uma série de fatos que podem servir como tentativa de justificativa.
Esse é o retrato da sociedade atual. Diante de toda a modernidade tecnológica, o familiar torne-se secundário, ao ponto de abandonar os próprios pais em abrigos para idosos.O abalo psicológico sofrido pelo idoso devido à rejeição familiar traz consequências graves para este, seja material, seja psicológica, como doenças, sensação de tristeza e diversos outros sentimentos, que acabam por diminuir-lhes os anos de vida, eles têm que se desvencilhar totalmente do mundo em que viviam e de seus laços afetivos e passam a viver em um novo mundo, com pessoas estranhas, costumes diferentes, tendo, consequentemente que se readaptar. Quando essas pessoas são retiradas de seus lares, não estão apenas subtraindo suas moradias, mais estão tirando-lhes também, sua vida, sua liberdade, sua voz, enfim, sua dignidade.

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